ASAS


Associação de Solidariedade e Ação Social de Santo Tirso (ASAS), exemplo de força e modelo a seguir


Gilda Torrão explicou ao Impulso Positivo como conta com as empresas e a sociedade civil para o bem da Associação.

Impulso Positivo: No fim-de-semana passado foi organizada uma Corrida, cujas receitas angariadas reverterão em parte para a ASAS. Qual é a importância para a Associação deste tipo de iniciativas por parte de outros?

Gilda Torrão (GT): Iniciativas como a da Continental Mabor são relevantes para a ASAS, desde logo, pelo voto de confiança e reconhecimento do trabalho por nós desenvolvido. Que nos motiva e impulsiona no prosseguimento da nossa missão de capacitação de grupos de população desfavorecida, principalmente crianças e jovens. Sendo a ASAS uma ipss, reconhecida como de utilidade pública, sem fins lucrativos estas iniciativas, como a da Continental Mabor, são facilitadoras de divulgação do nosso trabalho, dos nossos resultados, junto da sociedade civil bem como a angariação de fundos. Neste caso concreto os 2.600,00€ angariados permitirão cobrir despesas de exploração dos três Centros de Acolhimento para crianças em perigo. Além do mais, a vencedora do sorteio de um conjunto de pneus, doou-o à ASAS. São estes gestos que valem a pena! Também permite que a equipa da ASAS se una. Divertimo-nos imenso na Caminhada, Direção com restante equipa, crianças e jovens. Estas ações proporcionam momentos de dinâmica de grupo muito relevantes. E de compromisso de todos nós.

Impulso Positivo: Que tipo de comportamentos gostaria de ver a sociedade civil e as empresas a adotar como atores responsáveis pelo bem comum, que ainda não são adotados naturalmente pelos portugueses.

GT: A do reconhecimento das necessidades sociais, a da consciencialização de que existem cidadãos que não são de pleno direito. Que as situações existentes, não são apenas as que aparecem na comunicação social. Existem pessoas a sofrer! E muito. Sozinhas no mundo! É o caso das crianças. E as crianças não ficaram sozinhas por opção. E que compete a todos nós, cidadãos, ajudar. E que para ajudar não é preciso ser só com dinheiro. Todos devemos e podemos contribuir. Com o acreditar e passar a mensagem. Com a co-responsabilização. Com um corte de cabelo, com pão, com leite, com a captação de associados, com uma quota de 15,00€ mínimo, com um donativo pontual. A soma de todos faz muito. Muito mesmo! A ASAS tem aprendido muito com as empresas suas parceiras. E aprendeu que por vezes, são as pessoas mais ocupadas que mais ajudam. É altamente motivador ver pessoas que não têm como missão a intervenção social a dedicarem do seu tempo para ajudar os outros. E a criatividade! O caso da Continental Mabor é um exemplo! Juntou 1960 pessoas em torno de uma causa. É claro que com muito trabalho e organização. Mas é um exemplo de como se consegue. Mas muito há a fazer! Pois todos, todos podemos contribuir. E estamos muito aquém deste objetivo.

Impulso Positivo: Qual é a importância das parcerias para a ASAS?

GT: A ASAS sempre acentuou a sua gestão no princípio da parceria. Em tudo. No planeamento da sua intervenção e na execução. As parcerias permitem fazer muito, com o contributo de todos. Permitem garantir a sustentabilidade de um projeto, desde logo pela envolvência de todas as suas pessoas. O nosso trabalho é feito de pessoas. O nosso dia-a-dia são as pessoas. Todas elas com as suas expectativas e emoções. È nisso que assenta a gestão de parcerias de gerir pessoas, com a sua alma. Também é importante saber comunicar os resultados, e a ASAS sente que os parceiros estão com ela devido à confiança que sentem nos serviços prestados. Aliás, em sessões de trabalho com parceiros e mecenas, em que refletimos intervenções, avaliando e (re)planeando é isso que sentimos. A confiança no trabalho e na luta pela missão. E assim queremos continuar. Esperamos continuar a ser merecedores da confiança dos nossos amigos, como a Continental Mabor. É a nossa responsabilidade.

Impulso Positivo: Qual é a aposta da ASAS para o futuro a curto e a longo prazo?

GT: Conseguir a sustentabilidade do seu serviço, da sua equipa e a sustentabilidade financeira. Para ter condições para continuar a desenvolver a nossa missão. As nossas crianças e famílias precisam da ASAS!

Impulso Positivo


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